domingo, 18 de julho de 2010

Como já bem afirmou Spinosa, nenhum fato ou coisa por si só é bom ou ruim. Tudo é absolutamente neutro. Somos nós que, de acordo com nossa percepção, classificamos de alguma forma. É nossa necessidade de alguma coisa que torna essa coisa importante, que faz com que a encontremos.
Assim é com o amor. Buscamos alguém para dividir momentos, criamos essa necessidade de tal forma que surge esse tão esperado alguém. E olha que coisa fantástica: encontramos alguém que tem exatamente o perfil de que "precisávamos"! O perfil na verdade, somos nós quem idealizamos. Por isso a maior parte dos relacionamentos afetivos têm conflitos. Amamos pessoas não da forma que elas são, mas da forma que queríamos que elas fossem. Da forma que elas são, não tem como amar porque não há como descobrir. Ninguém se revela totalmente, e o pouco que fazem, normalmente já é o bastante para causar desastres nas relações.
As pessoas na sua forma pura assusta, e faz-se necessário fingir o tempo todo. Compactuar de opiniões, sonhos, experiências... Pôr a máscara de viver.

2 comentários:

  1. Eu não me importo em assustar as pessoas.
    muah!

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  2. "Eu sou assim
    Quem quiser gostar de mim eu sou assim
    Meu mundo é hoje
    Não existe amanhã pra mim
    E sou assim
    Assim morrerei um dia
    Não levarei arrependimentos
    Nem o peso da hipocrisia"

    http://www.youtube.com/watch?v=RvkG5iDxU4s&feature=player_embedded

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