"O não querer era tantas vezes a forma mais desesperada de querer."
(Clarice Lispector, A maçã no escuro)
sábado, 4 de setembro de 2010
Sem nome mesmo
O encontro de, o misticismo, o excesso de, o que tem dentro de, o que se sabe, mas que por não saber que se sabe, não se sabe, o medo de...
A dicrição do grito que é dado, pois se assim não for (...)
A porra da discrição! A falta de uma coisa qualquer, ou de uma coisa não qualquer, porque se fosse assim tão qualquer o que justificaria tal falta? O QUE JUSTIFICARIA TAL FALTA?
É falta de algo que nos compõe... mas só, talvez agora, compõe de uma maneira metafísica... e como não somos naturalmente metafísicos, ou treinados para sê-lo... daí fica tudo tão incerto... Ah se fosse possível a materialização!
Se possível fosse que os sentidos pudessem de alguma forma - da forma de cada um - "experimentar", ainda que só uma vez, para tornar possível um relato. Sem relato parece que não houve, ou houve mas é desconhecido, logo não houve. O relato só é possível através dos sentidos. O que não passa por eles é irrelatável e de alguma forma irreal.
E esbarra-se nos limites de nossa própria constituição.
A dicrição do grito que é dado, pois se assim não for (...)
A porra da discrição! A falta de uma coisa qualquer, ou de uma coisa não qualquer, porque se fosse assim tão qualquer o que justificaria tal falta? O QUE JUSTIFICARIA TAL FALTA?
É falta de algo que nos compõe... mas só, talvez agora, compõe de uma maneira metafísica... e como não somos naturalmente metafísicos, ou treinados para sê-lo... daí fica tudo tão incerto... Ah se fosse possível a materialização!
Se possível fosse que os sentidos pudessem de alguma forma - da forma de cada um - "experimentar", ainda que só uma vez, para tornar possível um relato. Sem relato parece que não houve, ou houve mas é desconhecido, logo não houve. O relato só é possível através dos sentidos. O que não passa por eles é irrelatável e de alguma forma irreal.
E esbarra-se nos limites de nossa própria constituição.
Conversa por telefone com Pedrito
- Oi Lu!!!
- Oi Pedrito! Saudade de você! O que você tá fazendo de bom hoje?
- Ai Meu Deus!
- Que foi Pedrito?
- Tem um fogo ali!
- Onde, aí na sua casa???
- Sim, lá no fundo! Tá pegando fogo!!!! Lu, depois te ligo!
...
- Oi Pedrito! Saudade de você! O que você tá fazendo de bom hoje?
- Ai Meu Deus!
- Que foi Pedrito?
- Tem um fogo ali!
- Onde, aí na sua casa???
- Sim, lá no fundo! Tá pegando fogo!!!! Lu, depois te ligo!
...
Ninguém É Igual a Ninguém Humberto Gessinger
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém = ninguém
Me encanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
Ninguém = ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(a vida seca, os olhos úmidos)
Entre duas pessoas
Entre quatro paredes
Tudo fica claro
Ninguém fica indiferente
Ninguém = ninguém
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
O que me encanta é que tanta gente
Sinta (se é que sente) ou
Minta (desesperadamente)
Da mesma forma
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais...
uns mais iguais...
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém = ninguém
Me encanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
Ninguém = ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(a vida seca, os olhos úmidos)
Entre duas pessoas
Entre quatro paredes
Tudo fica claro
Ninguém fica indiferente
Ninguém = ninguém
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
O que me encanta é que tanta gente
Sinta (se é que sente) ou
Minta (desesperadamente)
Da mesma forma
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros
São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais...
uns mais iguais...
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