(Guará/Fernandinho)
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que eu não conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
Seria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social
domingo, 7 de março de 2010
Soneto menininho de rua
Lá vai ele de novo,
aquele menininho triste e sem esperança
esperando a piedade do povo
e, apesar de tanta dor, ainda traz consigo a alegria de criança
Sua missão diária é proteger-se do frio e da violência
Quando não há o que comer
o jeito é cheirar alguma coisa,
tomar alguma providência
Como se tudo isso fosse pouco,
as pessoas ainda olham com desprezo e nojo
Ninguém se importa com ele
Agora foi expulso de onde estava
O jeito é procurar outra morada
Lá vai ele de novo...
aquele menininho triste e sem esperança
esperando a piedade do povo
e, apesar de tanta dor, ainda traz consigo a alegria de criança
Sua missão diária é proteger-se do frio e da violência
Quando não há o que comer
o jeito é cheirar alguma coisa,
tomar alguma providência
Como se tudo isso fosse pouco,
as pessoas ainda olham com desprezo e nojo
Ninguém se importa com ele
Agora foi expulso de onde estava
O jeito é procurar outra morada
Lá vai ele de novo...
Assinar:
Postagens (Atom)