sábado, 8 de maio de 2010

Se tem um tipo de pessoa chata e pedante é o intelectual. Pode parecer (talvez seja mesmo) uma opinião preconceituosa, no entanto, mesmo quem não esteja de acordo, há de convir comigo após a análise dos argumentos (narração de algumas atitudes de pessoas “intelectuais” que convivem comigo) descritos abaixo que minha opinião tem fundamento.
Recebi um e-mail criticando a rede globo de televisão. Até aí tudo bem já que trata-se de um dos maiores veículos de manipulação em massa do mundo atual. Mas o interessante é o teor da crítica: diálogo entre duas modelos numa novela que gerou uma discussão por email entre a diretoria do Instituto de
Cultura Árabe (ICArabe) e os responsáveis pelo setor de teledramaturgia da
Rede Globo.
O autor da crítica acusava veementemente a rede globo de preconceito, de irresponsabilidade, desrespeito e criticava o teor do referido diálogo afirmando que o mesmo era vazio, fútil, desinformado e blá blá blá. Afirma ainda que isso é desmerecer o intelecto do telespectador . Deve ser porque ele acha que todos, assim como ele vivem em prol de absorver conhecimento erudito para passar as 24 horas do dia num processo de masturbação intelectual, que segundo eles os coloca numa posição superior. Agora a base de tal idéia deve ser a única pergunta no mundo para a qual eles não têm resposta. Não tem resposta porque sequer formularam tal pergunta já que a mesma ameaça suas vaidades, por sua vez, bem maiores que a tão ostentada inteligência.
Olha que coisa bizarra: estão tão imersos no seu mundo de informações para saírem por aí arrotando conhecimento que sequer percebem sua inutilidade. Pois bem, alguém devia avisar à um indivíduo desses e quem pensa por essa linha, que novela, assim como outros programas televisivos, visa simplesmente entretenimento e tem como público alvo, pessoas que buscam apenas um programa para distração, relaxamento.
Porque essa cambada de à toa não se ocupa em ler uma enciclopédia no horário da novela ao invés de assistir e ficar criticando? Ainda afirma que o diálogo exibido na novela é preconceituoso. E a tentativa de inferiorização de elementos da cultura popular? Isso não é preconceito? Sim, eu disse cultura! Quem discorda, pega um dicionário e verifica o significado da palavra cultura.
Mas calma que tem um tipo que é a versão piorada do intelectual: o pseudo intelectual . Aquele indivíduo que leu meia dúzia de livros, aprendeu um indioma, aprendeu alguns conceitos na faculdade e acha que é a própria reencarnação de Kafka.
Na ocasião da exibição do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, ao elogiar o desfile da União da Ilha que exibiu o tema “Dom Quixote”, numa conversa com um amigo que classifico como pseudo intelectual, ele comentou que a escola não mostrou a real obra de Cervantes (e todo aquele papo que não vou reproduzir por respeito aos leitores) e me perguntou se eu li a obra. A criatura acha que para ter acesso às informações sobre Dom Quixote tem que ter lido o livro. O incrível é que quer ser tão inteligente e desconhece as funções da arte. Acredita que tudo pode ser conceituado. De carnaval então ele só deve saber que é feriado.
Cuidado! Os pseudo intelectuais estão espalhados por toda parte e proliferando-se a cada dia! Se você encontrar algum o mais seguro é não contrariar, se fizer isso terá que ouvir as asneiras que eles soltam. Diga o que eles querem ouvir logo (como eles são bem informados) e eles acabarão mais rápido seu show de asneiras.
Uma boa utilidade para eles seria usá-los para punir acusados de crimes bárbaros.
Seria um grande triunfo no combate à criminalidade. Bastaria colocar um pseudo intelectual para ministrar palestras para os acusados durante duas horas diárias. Isso serviria de exemplo para as pessoas que pensariam duas vezes antes de cometer crimes e reduziria significativamente a criminalidade.
O único problema é que agora inventaram a questão de direitos humanos que proíbe torturar pessoas.